Ambientes de trabalho com conforto

Um ambiente de trabalho precisa acompanhar as transformações da economia e das organizações. Tanto que a flexibilidade de composição de layout é, hoje, uma das principais exigências dos móveis de escritórios, que devem estar preparados para uma eventual expansão, redução ou remanejamento de equipes. Ao mesmo tempo, soluções ergonômicas ganham atenção, já que se nota uma maior preocupação pelo conforto do trabalhador para a boa produtividade e menos chances de afastamento por doenças de trabalho.

 

Aliados a isso, a estética, a otimização dos espaços, a durabilidade e o custo competitivo são características que pautam a especificação de móveis para escritórios. As exigências, portanto, crescem, e ainda desafiam o mobiliário a interagir com uma série de instalações, como cabeamento elétrico, de dados, de telefonia e de condicionamento de ar.

Apesar disso, o Brasil tem evoluído pouco no desenvolvimento de novas soluções e de materiais para os móveis de escritório, avalia o arquiteto Dante Della Manna. Ele responsabiliza a mentalidade da compra baseada no menor preço e o desconhecimento de critérios de qualidade de muitos compradores por esse lento progresso. “Em relação ao design e à ergonomia, por exemplo, chega a ser covardia comparar o que temos

no Brasil com a infinidade de soluções existentes na Europa”, comenta o arquiteto Marcelo Agosto, da Balken Arquitetura.

“Nas grandes corporações, o departamento de compras nem sempre possui formação técnica para definir o mobiliário. Então, só se baseia no preço”, acrescenta o titular do escritório BF2, Augusto Ferreira, ressaltando a importância do arquiteto orientar o cliente em meio a tantas opções no mercado.

 Seja pensando em reduzir custos, seja com a intenção de prover um mobiliário mais adequado às necessidades do usuário, algumas mudanças vêm sendo realizadas pela indústria e por especificadores. “Tanto as estações de trabalho quanto os assentos vêm sofrendo ajustes e modificações gradativas para atender a novas formas de trabalho, equipamentos disponíveis, alterações nas normas trabalhistas e doenças decorrentes de má postura ou novas funções desempenhadas”, comenta a arquiteta Sônia Aquino, do escritório Edo Rocha Espaços Corporativos.