Como incluir a ergonomia no escritório

Agora que você já sabe do que trata a ergonomia, é hora de saber como aplicar o conceito no ambiente de trabalho e evitar a sensação de inchaço, dores e cansaço provocados pelos problemas de postura.

A ergonomia envolve um estudo complexo, que leva em consideração uma serie de fatores externos e o próprio biotipo do usuário. Por esse motivo é preciso tomar cuidado ao fazer recomendações, principalmente quando falamos em adotar uma “boa postura”.

Ajustar a altura e inclinação de mesas e cadeiras são dicas válidas para combater os principais doenças de trabalho. Contudo, deve-se levar em consideração cada usuário separadamente, afinal, apenas ele saberá encontrar a posição adequada.

Para aqueles que trabalham seis horas ou mais o posto de trabalho ideal deve proporcionar liberdade em duas posições: sentado e em pé. Isso por que, ao longo do dia, a tendência é que o usuário busque outras posições confortáveis.

Outra coisa é no que diz respeito a escolha da mobília e demais equipamentos de escritório. A ABNT criou uma serie de regras para produção de móveis baseada na NR 17. A norma regulamentadora visa garantir a saude, segurança e bem estar no trabalho.

Mas fique atento! Na hora de competir com outros fornecedores, muitos fabricantes preferem ampliar o número de peças e esquecem de incluir nos produtos as especificações regidas pela lei.

Logo, tome muito cuidado ao escolher. Economizar pode sair caro tanto para o empregador como para a saúde dos funcionários, uma vez que doenças do trabalho (DORT’S) e a LER são problemas decorrentes da falta de estrutura adequada.

Segundo a ABERGO (Associação Brasileira de Ergonomia), cerca de 6% dos trabalhadores brasileiros sofrem de problemas de postura. Além disso, foi comprovado cientificamente que posturas estáticas podem ser mais prejudiciais do que posturas dinâmicas, quando o corpo está em movimento.

Por isso, instrua os funcionários com exercicios simples de alongamento e relaxamento e encoraje a atividade física como sendo um dos principais combatentes na prevenção de LERs e stress no trabalho.

Dicas para a escolha dos móveis

Cadeiras

Embora beleza e preço sejam os primeiros critérios analisados na escolha das cadeiras, é preciso pensar no conforto após horas de utilização. Escolha sempre de acordo com a função que a cadeira irá ocupar. Cadeiras para caixa, recepção, secretária e diretoria possuem características e funções diferentes.

Outra recomendação é buscar cadeiras ajustáveis, a começar pelo assento, encosto e até braços. Desta forma é possível que usuários diferentes se adaptem a cadeira, acomodando o encosto para três posturas básicas do sentar : inclinado para frente, na posição vertical ou inclinado para trás.

Mesas

Para a escolha da mesa também deve-se pensar na funcionalidade. Ao saber quem irá utiliza-la e qual a finalidade fica mais fácil decidir de acordo com o tamanho e número de gavetas, por exemplo. Para uma mesa básica, a dica é que as medidas não sejam inferiores a 0,90m de largura x 0,60m de profundidade x 0,73m de altura. Bordas arrendodadas são práticas e evitam acidentes.

Mas isso não é tudo! Após a escolha dos móveis, assegure que o local de trabalho esteja bem iluminado e arejado, com temperatura e ambiente adequados. Assim você garante o conforto dos funcionários e estimula a produtividade.